A entrega da Casa de Apoio Joazir Bucair, no último ato da gestão do ex-Grão-Mestre Geraldo Macedo, foi a concretização de, como cantaria o poeta Martinho da Vila, "um sonho sonhado".
O sonho era simples: colocar à disposição dos Irmãos do interior um local onde pudessem se hospedar quando se deslocassem até Cuiabá, especialmente para tratamento de saúde. Muitos participaram deste sonho, um deles foi o bancário cuiabano Joazir Bucair.
De família tradicional da Cuiabania, foi Superintendente Regional do antigo Banco da Amazônia, talvez o grande responsável pelo desenvolvimento de Mato Grosso, após a divisão do Estado no final dos anos 70.
Na Maçonaria Joazir sempre foi a mais perfeita tradução de um Mestre Hospitaleiro. Aqueles que conviveram com ele mais proximamente têm uma palavra em comum para defini-lo: fraternidade.
Em outubro, a Administração da GLEMT comprou o imóvel e fez a primeira parte da reforma.
No final do ano, Joazir estava se recuperando do COVID 19 e recebeu a visita do então Grão-Mestre, Geraldo Macedo, que comentou que era o sonho de muitos Maçons, mas principalmente dele, Joazir, estava concretizado: a Casa de Apoio estava pronto para ser entregue.
Joazir, então, fez um pedido: que a Casa recebesse o nome de "Casa de Apoio Maçom Fraterno", sugestão acatada imediatamente pelo então Grão-Mestre.
Alguns dias depois, o corpo de Joazir não resistiu às sequelas do COVID... O Grão-Mestre decidiu que, até por uma questão de justiça, a sugestão de nome que recebera teria que ser alterada.
A homenagem foi uma surpresa, inclusive para a Sobrinha Eliane, filha de Joazir, que participou da inauguração representando a família.
Também estavam presentes, entre outros, ex-Grão-Mestres da GLEMT, com destaque para o primeiro Grão-Mestre, Antônio Hans. A exceção foi o ex-Grão-Mestre José Carlos de Musis que, no mesmo horário, estava sendo submetido a um exame de rotina, marcado meses antes.
Também estavam presentes, além do Grão-Mestre e do Grão-Mestre Adjunto eleitos, Eleusino Leão e Pedro Calazans, integrantes da nova administração da Grande Loja.
A homenagem a Joazir Bucair foi uma justa reverência não apenas a um Maçom que faz parte da história da Instituição, mas também a um homem livre e de bons costumes, um cidadão exemplar.